Os parabenos estão presentes em muitos cosméticos. Podemos identificá-los perfeitamente no rótulo pelos seus nomes, geralmente em inglês: methylparaben, propylparaben, butylparaben ou benzylparaben. Comparativamente, o metil-parabeno é mais eficaz contra bolores, enquanto que o propil-parabeno o é contra leveduras.
Os admitidos pela legislação de cosméticos na Europa são:
- Methylparaben e ethylparaben: não são motivo de preocupação se forem usados nas concentrações permitidas. São conservantes seguros e aparecem no final da lista de ingredientes do cosmético (o que significa que estão presentes em baixa quantidade). Estes conservantes devem encontrar-se num máximo de 0,4 % de concentração num produto (ou 0,8 % se forem misturados).
- Butylparaben e proylparaben: embora a sua concentração costuma ser baixa, o Comité Científico de Segurança dos Consumidores da Comissão Europeia, SCCS, recomendou reduzir o seu limite legal. Recentemente, a Comissão Europeia limitou o uso destes parabenos a 0,14 %, quer sejam utilizados sozinhos ou misturados. Além disso, são proibidos em produtos destinados à zona da fralda para menores de 3 anos, como os cremes para a zona das fraldas do bebé, uma vez que a pele da zona da fralda pode estar danificada ou irritada, o que aumentaria o risco de absorção destas substâncias.
A União Europeia proibiu em 2014 os parabenos isopropylparaben e isobutylparaben, e outros como o phenylparaben, benzylparaben ou pentylparaben (na realidade, muito pouco utilizados). Considera-se que não há informação suficiente sobre os seus riscos, pelo que não é possível avaliar a sua segurança e, portanto, não devem ser utilizados.
Os parabenos são utilizados desde 1925 como conservantes cosméticos em dentífricos, cremes, desodorizantes, champôs, cosmética infantil, géis, lubrificantes, tónicos, maquilhagem, verniz de unhas…, mas também são utilizados nos seus diferentes tipos para conservar pastelaria, comida pré-cozinhada, refrigerantes, molhos e inclusive carne fresca. Também são utilizados para a composição de vários produtos farmacêuticos, como xaropes para a tosse, antiácidos, fungicidas vaginais, antibióticos e em composições de paracetamol e ibuprofeno.
Têm uma função conservante e protetora, evitam a infeção com micro-organismos (micróbios), fungos ou bactérias. Os parabenos são muito utilizados na indústria cosmética, aproximadamente em 70-90 % dos produtos cosméticos de uso frequente.
Normalmente, em vez de parabenos, incluem-se libertadores de formaldeído como DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea ou Quatermium-15, uma vez que são baratos e muito solúveis em água, mas são considerados alergénios; álcoois como o phenoxyetanol, que é um excelente bactericida de ampla tolerância; ésteres de glicerídeo como gliceril laurato, gliceril caprato e gliceril caprilato, onde a sua efetividade depende do comprimento da cadeia, não são muito efetivos contra fungos; polialcoóis como glicerol, propilenglicol, butilenglicol, pentilelglicol, hexilenglicol e caprililglicol, para os quais a sua efetividade depende do comprimento da cadeia, não são efetivos contra fungos, mas sim contra bactérias.
